13/01/10

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No firme azul do desdobrado céu
Decantarei a mínima magia

Das sensações mais puras, melodia

Da minha infância, onde era apenas Eu.


Da realidade nua desce um véu

Que, já sem mar, apenas maresia,

me vem tecer aquela chuva fria,

Que prende esta janela ao claro céu.


Despido o ouropel desvalioso,

Já não apenas servo, mas o Rei

Da luz da minha lâmpada nomeia,


Assim procuro o centro misterioso

Do mundo que hoje habito, onde serei

Concêntrica expressão da vida inteira.

Alberto Lacerda

2 comentários:

Paula noguerra disse...

Uma beijinho cheio de sol pois lá fora o frio continuo em teimar ficar... espero que não por muito tempo!

me. disse...

Eu espero o mesmo! :)